Dica de Domingo | Como Perder um Homem em 10 dias
A comédia romântica que provou que o amor resiste até às piores sabotagens.
Sabe aquele filme que você assiste pela quinta vez e ainda ri, suspira e pensa “meu Deus, essa cena é perfeita”? Pra mim, esse filme é Como Perder um Homem em Dez Dias. E se você ainda não viu , ou se já viu e esqueceu como ele é genial, é hora de dar play de novo.
A trama gira em torno de um embate épico entre dois personagens com objetivos completamente opostos: Ben Barry (Matthew McConaughey), um publicitário bonitão, confiante e um tanto convencido, faz uma aposta: se conseguir fazer uma mulher se apaixonar por ele em 10 dias, ele será o escolhido para liderar uma campanha milionária de diamantes. Fácil, né? Só que o destino (e o roteiro) coloca no caminho dele nada menos que Andie Anderson (Kate Hudson), uma jornalista inteligente, sarcástica e feminista, que está escrevendo justamente uma matéria sobre como perder um homem em 10 dias, e pra isso, está decidida a ser a namorada mais insuportável do planeta.
O que acontece a partir daí é uma sucessão de armadilhas cômicas, encontros embaraçosos, testes de paciência e… uma conexão real que começa a surgir, mesmo com toda a sabotagem. Enquanto ela enche o cara de mimos forçados, inventa um cachorro chamado Krull (o Rei Guerreiro), invade o jogo de pôquer com os amigos dele e faz drama no cinema, ele tenta manter a pose, engolir o orgulho e conquistar aquela mulher que claramente está tentando acabar com ele. É caos com colírio e diálogos afiados.
Mas o que faz esse filme se destacar entre tantas comédias românticas dos anos 2000 não é só o humor certeiro ou o timing cômico impecável de Kate e Matthew. É a química entre os dois, que simplesmente explode em tela. É aquele tipo de par que te faz torcer pelo beijo no final mesmo sabendo que ele virá, que te faz rir de verdade com o absurdo da situação e, ao mesmo tempo, se importar de verdade com eles. Porque por trás das sabotagens e das estratégias profissionais, há vulnerabilidade, desejo e uma vontade danada de amar, mesmo quando o plano era exatamente o oposto.
E tem mais: o figurino é um espetáculo à parte (aquele vestido amarelo? Icônico). A trilha sonora embala perfeitamente o clima leve e romântico, a ambientação em Nova York dá aquele charme clássico e o roteiro é esperto o suficiente pra brincar com os clichês do gênero sem parecer forçado. É aquele tipo de filme que entende o que está fazendo e faz com gosto.
Aliás, algumas curiosidades só tornam tudo mais divertido: a cena do “jogo de pôquer”, onde Andie aparece do nada distribuindo legumes, foi improvisada pela Kate Hudson. Matthew não fazia ideia do que estava por vir, e a reação dele é 100% real. O colar com o diamante de 80 quilates usado por Andie no evento da empresa foi avaliado em mais de 6 milhões de dólares e é uma joia de verdade. Ah, e originalmente, o papel da protagonista quase ficou com Gwyneth Paltrow. Imagina só?
Vinte anos depois da estreia, Como Perder um Homem em Dez Dias ainda é lembrado como um dos maiores clássicos do gênero e com razão. Recentemente, os próprios atores disseram que topariam voltar a viver esse casal, mas só se o roteiro fizesse jus à história original. E olha… a gente torce pra que sim, porque Ben e Andie merecem um novo capítulo e nós, fãs, merecemos mais algumas boas risadas (e talvez até mais uma cena com Krull, o Rei Guerreiro).
Se você ama comédias românticas com personagens carismáticos, roteiro esperto, muita ironia, romance de verdade e situações hilárias que só funcionam porque o elenco tem talento de sobra, esse filme é simplesmente imperdível. E se você já viu, mas faz tempo… pode dar replay. Ele continua funcionando como na primeira vez e talvez até melhor.
Como Perder um Homem em Dez Dias é um lembrete de que o amor, mesmo quando começa com segundas intenções, pode surpreender e que, às vezes, para ganhar de verdade, a gente precisa mesmo é perder o controle.
“Como Perder um Homem em 10 Dias” está disponível no Telecine/Globoplay.